Conhece o Tensor G2? O novo processador do Google Pixel 7

Conhece o Tensor G2? O novo processador do Google Pixel 7

9 Outubro, 2022 0 Por Joel Pinto

Na passada quinta-feira a Google anunciou ao mundo os seus novos smartphones, o Pixel 7 e 7 Pro, em que uma das notas de maior destaque é o facto dele contar com um processador proprietário, o Tensor G2.

Esta é a segunda geração deste processador, e a empresa californiana pretende corrigir os erros da juventude do seu antecessor e melhorar algumas áreas-chave, como eficiência energética, mas ainda prometendo um desempenho maior do que o do modelo do ano passado.

Apesar das ambições acima mencionadas, o Google Tensor G2 incorpora totalmente a fórmula usada pelo Tensor no ano passado, especialmente no que diz respeito à estrutura do CPU. De facto, a configuração pouco ortodoxa 2 + 2 + 4 permanece inalterada, caracterizada por dois grandes Cortex X1, dois Medium Core Cortex (desta vez A78 e não A76) e quatro Small Core Cortex A55, tudo em frequências ligeiramente mais altas ( 2,85 GHz para o primeiro e 2,35 GHz para o último).

Tal escolha demonstra como a própria Google não quer fugir da fórmula utilizada no Tensor original, mas quer apontar ainda mais na força bruta. Uma tese sustentada pelo novo processo de produção de 4 nanômetros que nada mais é do que um termo para indicar um método de processamento de chips de nova geração que ajuda a reduzir custos e desperdícios. Segundo a própria Google, esse processo não deve impactar de forma alguma o desempenho geral do aparelho.

Embora, no que diz respeito ao CPU, a Google tenha optado por manter intacta a fórmula vencedora do ano passado, o GPU do Google Tensor G2 pode contar com uma atualização significativa que marca uma descontinuidade com o anterior Mali G78 presente no Pixel 6 e Pixel 6 Pro.

De facto, o Google Tensor G2 pode ostentar um Mali G710 MP07, uma unidade semelhante à atualmente presente no MediaTek Dimensity 9000, o topo de gama do fabricante de Tawain, exceto pelo número de núcleos presentes (neste caso, sete).

As diferenças com o Mali G78 anterior devem ser enfatizadas sobretudo na configuração do novo GPU, mais alinhado com o padrão de mercado atual. Enquanto o G78 era uma unidade bastante poderosa, só foi capaz de liberar essa força bruta por alguns segundos antes de ter problemas de estrangulamento devido ao calor excessivo gerado, e que acabava por consumir muito a bateria. O Mali G710, por outro lado, não só permite um salto em termos de desempenho, mas promete uma eficiência energética melhorada, em cerca de 20% , bem como um salto de 35% nos processos relacionados ao Machine Learning da nova Unidade de Processamento Tensor ( TPU).

Tensor G2

Novo Google Tensor G2 é superior ao seu antecessor

Sim, falando em Google Pixel é inevitável falar em Machine Learning, e neste caso na forma do TPU de nova geração que visa melhorar significativamente o desempenho do chipset do ano passado. Segundo a Google, o novo TPU é 60% mais potente e 20% mais eficiente que o Tensor original.

Essas melhorias permitem que a inteligência artificial da Google expresse todo o seu potencial no setor fotográfico do Pixel 7 e 7 Pro graças aos novos modos Cinematic Blur (ou filme blur), Machine Learning Autofocus e suporte para vídeos HDR de 10 bits.

Para completar o quadro, encontramos o chip de segurança Titan M2 que, como parte do programa Protected Computing da Google, ajuda a tornar os novos Pixel 7 e 7 Pro seguros e privados.

Em suma, o novo Google Tensor G2 segue o modus operandi do seu antecessor com o objetivo de preencher as lacunas e aumentar a sua potência e eficiência energética. Em termos práticos não é uma revolução, mas uma evolução que poderá permitir ao novo topo de gama da Google dar mais um salto qualitativo.

Joel Pinto

Fundador do Noticias e Tecnologia, e este foi o seu segundo projeto online, depois de vários anos ligado a um portal voltado para o sistema Android, onde também foi um dos seus fundadores.