Prime Video prepara plano de assinatura ainda mais barato

A plataforma da Amazon está prestes a tornar-se ainda mais acessível? Com uma fórmula única que custa 6,99 euros por mês, a Prime Video é uma das plataformas de streaming mais baratas da atualidade.

Alem disso, ela também tem mais argumentos do que os seus concorrentes diretos, pois a sua assinatura também permite que beneficie da entregas gratuitas por compras feitas na Amazon, além de muitas vantagens em relação ao Amazon Music, Reading e Gaming.

Segundo os últimos números divulgados pela empresa, atualmente a plataforma conta com 200 milhões de assinantes em todo o mundo. A Netflix é ainda a líder no setor, com mais de 235 milhões de utilizadores, mas a diferença está a diminuir entre as duas empresas… e se falarmos apenas nos EUA, a Prime Video já conta com mais utilizadores de que a equipa do N vermelho.

Para continuar com este impulso, a gigante do comércio eletrónico está a explorar novas formas de atrair clientes. A rentabilidade da sua oferta também está no centro das suas preocupações, à semelhança de muitas outras neste segmento.

Para diversificar as suas fontes de receita, a Amazon está a considerar apostar na publicidade. Pelo menos é isso que emerge de um artigo publicado pelo Wall Street Journal. Segundo fontes familiarizadas com o assunto, o GAFAM está a investigar seriamente o assunto. Nada foi oficializado, mas este anúncio surge num momento particularmente complicado para o setor, e para a empresa. Em março passado, a Amazon anunciou 9000 demissões para enfrentar um futuro incerto e uma crise económica particularmente virulenta.

Prime Video segue a fórmula do Disney+ e da Netflix?

Por enquanto, é difícil saber qual será a abordagem escolhida pela Amazon para a Prime Video. Na Netflix, a chegada das páginas publicitárias foi acompanhada por uma queda significativa no preço da assinatura. Por 5,99€ por mês, os utilizadores desta fórmula de baixo custo podem aceder a grande parte do catálogo (85%) e mais ou menos às mesmas vantagens do plano Essential. Por outro lado, é preciso abrir mão do modo offline. Para a empresa, tratou-se de atender às famílias mais modestas e diversificar as suas fontes de renda.

Por sua vez, o Disney+ optou por manter o preço da sua fórmula básica (sem publicidade), mas aplicá-lo à sua oferta de baixo custo. Os utilizadores tinham que concordar em pagar alguns dólares extras para continuar a desfrutar de uma experiência Premium. É preciso dizer que a empresa do Mickey enfrenta uma grave crise, e que ainda assim, os seus preços até agora estão bem abaixo dos da concorrência, exceto dos da Amazon.

Desde o seu lançamento em 2019, o serviço de streaming vem produzindo com prejuízo, e agora chegou a hora da lucratividade. A empresa de Burbank espera atingir essa meta até 2024.

Se a Amazon decidir seguir o caminho aberto pela Netflix e outros, na Prime Video, muitos anunciantes deverão voluntariar-se para alimentar a sua oferta com desconto. Deve-se dizer que a presença de um site comercial afiliado pode ser de grande interesse para as marcas. Um anúncio de um novo par de ténis da Nike antes do filme Air, ou uma edição de colecionador de O Senhor dos Anéis antes de assistir Os Anéis do Poder, seria uma máquina implacável.