Phil Spencer volta a afirmar que Call of Duty permanecerá no PlayStation após a aquisição da Activision Blizzard

Phil Spencer aparenta estar um pouco cansado de repetir as mesmas coisas todos os dias. Mas parece que a PlayStation não parece estar muito interessada no que ele tem para dizer, ou simplesmente não acredita nas suas palavras.

Entrevistado no site Decoder, Phil Spencer voltou a reiterar que a franquia Call of Duty permanecerá na PlayStation e que cumprirá todas as solicitações das autoridades reguladoras a esse respeito.

“Essa ideia de escrevermos um contrato que diz a palavra ‘para sempre’, acho meio bobo”, diz Spencer, “mas se for necessário fazer um compromisso de longo prazo com a Sony para os reguladores aceitarem, eu não tenho nenhum problema com isso”.

Aliás, Phil Spencer lembra que os contratos comerciais não incluem cláusulas de duração “infinita”, mas que isso não proíbe a fixação de um prazo muito longo. E só para ter certeza de que as suas palavras são entendidas na sua verdadeira extensão, o chefe do Xbox lança uma explicação detalhada em texto:

“Call of Duty nativo na PlayStation, não associado ao fato de que eles precisam de passar pelo Game Pass ou streaming. Se eles quiserem uma versão em streaming de Call of Duty, também podemos fazer isso, assim como fazemos nas nossas próprias consolas. Não há nada escondido. Olhe para o Call of Duty Modern Warfare II que funciona muito bem na PlayStation, que funciona muito bem na Xbox. E o próximo jogo, o próximo, o próximo, o próximo, o próximo, nativo da plataforma, não precisa de assinar o Game Pass. A Sony não precisa de levar o Game Pass para a sua plataforma para que isso aconteça. Não há nada escondido. Queremos continuar a disponibilizar o Call of Duty na PlayStation sem qualquer tipo de “aha, eu entendi” […]. Entendo as preocupações de algumas pessoas sobre isso, e estou apenas a tentar ser o mais claro possível.”

Phil Spencer volta a afirmar que o Call of Duty vai permanecer na PlayStation

Observamos que, apesar das repetidas observações de Phil Spencer, a Sony não parece acreditar na sua posição, a ponto de nos questionar-mos se as suspeitas da gigante japonesa não são uma forma de comunicação estratégica destinada a convencer os reguladores e inviabilizar a compra como um todo, independentemente das garantias sobre o Call of Duty.

Deve-se dizer que a aquisição da Activision Blizzard levaria para a Xbox um grande número de licenças populares, licenças que poderiam dar à marca Xbox uma vantagem decisiva na batalha por exclusivos. Essas licenças em grande número provavelmente não levantarão as sobrancelhas dos reguladores, já que as suas vendas permanecem muito inferiores às de um Call of Duty sozinho.

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