Bard: Inteligência Artificial da Google causa muita polémica na empresa

Os Chatbot estão na ordem do dia, e a Inteligência Artificial está no topo das prioridades das empresas de tecnologia. O ChatGPT já é amplamente utilizado e elogiado pelos utilizadores. E como não podia deixar de ser, a Google está a preparar o seu próprio chatbot, ao qual decidiu chamar de Bard.

Agora, segundo está a ser revelado pelo Bloomberg, que entrevistou um grupo de 18 pessoas entre ex e atuais funcionários da Google, podemos ter uma ideia ainda mais clara sobre o Bard. E o ponto fundamental aqui é de facto de existir um descontentamento generalizado dentro da empresa devido não só ao seu lançamento precipitado, mas também devido a uma série de preocupações éticas.

Segundo relatos, a empresa teria pedido aos funcionários que testassem completamente o Bard antes do seu lançamento, apenas para depois ignorar a maior parte dos seus comentários porque isso atrasaria ainda mais o seu lançamento. Em algumas conversas internas, os funcionários se referiram ao Bard como “digno de crimes” e “mentiroso patológico”.

Durante os testes realizados internamente, o chatbot teria dado respostas com informações incorretas em diversas ocasiões, informações que poderiam ter causado acidentes graves em alguns casos: por exemplo, foram solicitadas instruções para pousar um avião, ou instruções sobre como mergulhar, em de qualquer forma, as respostas do chatbot poderiam resultar em ferimentos graves ou até mesmo na morte dos utilizadores.

O que foi relatado, em princípio, não se aplica apenas à solução proposta pela Google, mesmo os chatbots de IA da competição forneceram de fato respostas incorretas e ambíguas em várias ocasiões sob vários pontos de vista, mas a empresa de Mountain View mostra-se particularmente atrasada face aos principais concorrentes. Preocupada com a possibilidade de os modelos desenvolvidos no ChatGPT poderem substituir em breve o seu motor de pesquisa, afetou consequentemente a posição de domínio no setor desenvolvido ao longo dos anos.

Outro aspeto destacado pelos funcionários diz respeito ao lado ético, segundo Meredith Whittaker, ex-gerente da Google e presidente da Signal Foundation, a ética da IA ​​teria ficado em segundo plano, priorizando o lucro e o crescimento; ao longo do tempo, tudo isso levou a várias demissões, voluntárias e forçadas, de grande parte da equipa interna de ética do Bard.

Google poderá ter-se precipitado ao lançar o Bard

Aqueles que não foram despedidos e não saíram espontaneamente, no entanto, tiveram o seu crescimento profissional prejudicado pelos gestores devido às preocupações expressas, tanto que é relatado como “Um ex-funcionário alegou ter pedido para trabalhar na justiça em máquina aprendizagem e têm sido regularmente desestimulados, a ponto de impactar a avaliação de desempenho. Os gerentes reclamaram que isso estava a atrapalhar o seu “trabalho real”.

Joel Pinto

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Fundador do Noticias e Tecnologia, e este foi o seu segundo projeto online, depois de vários anos ligado a um portal voltado para o sistema Android, onde também foi um dos seus fundadores.