Reino Unido vai esta semana dar luz verde para aquisição da Activision Blizzard pela Microsoft

Entramos numa semana decisiva para as aspirações da Microsoft para comprar a Activision Blizzard, num pré-acordo já estabelecido em torno dos 68,7 biliões de dólares. Esse valor é o maio de sempre no negócio dos videojogos mas que aguarda aprovação das entidades antitrust desde janeiro de 2022.

Segundo já estava pré-estabelecido, a Autoridade de Concorrência e Mercados do Reino Unido (CMA) dará o seu veredicto final na próxima quarta-feira, dia 26 de abril. O CMA parecia ser um osso duro de roer para a Microsoft, tendo por diversas vezes revelado as suas preocupações com a concorrência. Pouco depois disso, eles lançaram uma investigação mais profunda sobre a aquisição da Activision Blizzard e, há dois meses, as perspetivas pareciam terríveis para a Microsoft, já que a CMA disse num comunicado à imprensa que o acordo poderia prejudicar os jogadores do Reino Unido. Isso tanto no crescente mercado de nuvem como no mercado de consolas estabelecido, onde a Microsoft teria motivos para tornar a franquia Call of Duty uma exclusividade parcial, ou total, para as consolas Xbox.

Por seu lado, a Microsoft sempre negou isso, dizendo que não fazia sentido do ponto de vista financeiro. Numa reviravolta surpreendente, o CMA fez um ponto de situação no passado mês de março onde deu conta de que já não via preocupações de concorrência relacionadas ao mercado de consolas, admitindo que seria muito prejudicial para a Microsoft remover o Call of Duty das plataformas PlayStation. Como tal, abandonou as suas preocupações sobre o mercado de consolas.

Essa decisão não afetou diretamente as preocupações do mercado de nuvem, mas a Microsoft tem feito progressos nesse sentido com quatro acordos separados de 10 anos para trazer todos os seus jogos (incluindo os da Activision Blizzard caso o acordo seja aprovado) para serviços de jogos em nuvem como GeForce NOW, Boosteroid, Ubitus e outros serviços de Internet. Como tal, as hipoteses da Microsoft de passar pelos portões pareciam muito melhores, e o último comentário feito pelo Financial Times sobre o acordo fortalece essa crença.

Neste artigo recente, o Financial Times revela que:

Também é uma grande semana para Big Tech com resultados trimestrais da Amazon, Alphabet, Meta e Microsoft. Este último também estará de olho no Reino Unido, onde na quarta-feira a Autoridade de Concorrência e Mercados deve finalmente decidir se deve bloquear a aquisição da fabricante de jogos Activision Blizzard pela empresa de tecnologia por US$ 69 bilhões. espera-se que o CMA o apoie.

Claro, isso continua a ser um rumor, mas o Financial Times geralmente tem excelentes fontes. Se o Reino Unido aprovasse o acordo, a Microsoft estaria muito perto de conseguir o seu objetivo. A União Europeia também deve partilhar a sua decisão em breve, mas rumores anteriores também sugeriram que iriam dar luz verde.

Microsoft cada vez mais perto de comprar a Activision Blizzard

Nesse ponto, o único obstáculo restante seria a FTC (Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos), que entrou com uma ação para bloquear o negócio, em dezembro. Uma audiência probatória é esperada para acontecer em agosto, mas a FTC pode reconsiderar uma batalha judicial completa, onde eles podem muito bem perder diante das aprovações de todos os outros países.

Como lembrete, a Microsoft já teve luz verde para comprar a Activision Blizzard no Japão, África do Sul, Chile, Brasil, Sérvia e Arábia Saudita.