Facebook defende-se em tribunal sobre a aquisição do Giphy
27 Abril, 2022Meta não tem interesse em desfazer-se do Giphy
A Meta, empresa que controla o Facebook, o Instagram e o WhatsApp, apresentou-se na passada segunda-feira em tribunal para tentar reverter a decisão da entidade da concorrência britânica (CMA) que solicita que abandonasse a sua fusão com a especialista em GIFs, a Giphy.
A Meta aproveitou para apelar num julgamento de quatro dias perante o Tribunal de Apelação da Concorrência de Londres. A decisão não será necessariamente proferida ao final da audiência e também poderá ser objecto de recurso.
A CMA tinha revelado no passado mês de Novembro que esta aquisição, em maio de 2020 por 315 milhões de dólares em acções do Facebook, corria o risco de prejudicar anunciantes e utilizadores, e pedia ao gigante das redes sociais que vendesse a plataforma. Após uma investigação aprofundada que durou nove meses e levou a CMA a rever mais de 280.000 documentos internos da Meta e do Giphy, o regulador disse temer que a aquisição já impulsione a posição de mercado.
A fusão combinou o poder de mercado significativo da Meta com a posição da Giphy como principal fornecedor de GIF do Reino Unido, disse a CMA.
“Ao exigir que a Meta venda o Giphy, estamos a incentivar a concorrência e a inovação na publicidade digital, e a garantir que as redes sociais rivais possam obter acesso competitivo aos serviços do Giphy”, disse o CMA.
A Meta argumentou segunda-feira que o regulador britânico não demonstrou as preocupações de concorrência invocadas, dizendo num comunicado de imprensa que “a decisão de bloquear o acordo estava errada de direito e de facto”. Apesar de vários documentos revistos, a CMA “não encontrou um único que mostrasse que a Meta via a Giphy como um concorrente ameaçador” no momento da fusão no mercado de publicidade online, argumentou o advogado Daniel Jowell na audiência. Ele também apontou que a plataforma não recebeu qualquer outra oferta de compra, o que, segundo ele, mostra que as suas perspectivas de crescimento não foram necessariamente antecipadas como estelares.
Joel Pinto
Fundador do Noticias e Tecnologia, e este foi o seu segundo projeto online, depois de vários anos ligado a um portal voltado para o sistema Android, onde também foi um dos seus fundadores.
