
Análise Call of Duty: Vanguard – Campanha na PlayStation 5
27 Novembro, 2021O Call of Duty Vanguard já foi lançado há alguns dias, e apesar de voltar à Segunda Guerra Mundial, a fórmula CoD ainda é boa para diversão casual. O novo jogo lançado, como é habitual, conta com uma campanha, muito curta a meu ver, mas conta com a mesma. Alem disso, conta com os modos multiplayer e zombies, juntamente com a habitual partilha de conteúdo com Call of Duty: Warzone.
A campanha do Vanguard segue uma história não linear focada em seis (ou serão cinco?) personagens que formam uma equipa secreta para derrotar Hermann Freisinger e o seu grupo dissidente de nazis, antes e depois da morte de Hitler. Chegando ao seu fim um pouco menos de 6 horas, a campanha é um clássico dos cenários de acção de Call of Duty com história apenas o suficiente para não ficar entediante, com um trabalho de personagem surpreendentemente decente que ao final pode merecer sequências para exploração posterior. Comparado com as campanhas dos jogos anteriores, ele conta com muitas semelhanças com a trilogia Modern Warfare tanto em termos de tom, como de carácter.
A campanha é dividida em 9 missões principais, onde todas elas permitirão aos jogadores assumir o controlo de cada um dos seis membros da equipa, conforme visto no enredo principal do jogo. Cada uma das missões de ‘história de fundo’ explora momentos cruciais da 2ª Guerra Mundial e, embora tenhamos visto isso antes, não pude deixar de me sentir um pouco surpreso por quão mais interessantes eles podem parecer. Isso não quer dizer que os personagens sejam tão memoráveis como, digamos, o Capitão Price, da Modern Warfare, mas confesso que não me chateava de vê-los novamente numa sequência. Como tantas campanhas anteriores, o Vanguard mistura tudo ao incluir uma variedade de missões, e situações de combate, que não são apenas tiroteios. Existem secções furtivas, combates aéreos, uma missão quase exclusivamente de shooter, uma numa linha férrea em movimento, e muito mais. Cada um dos personagens jogáveis tem a sua própria mecânica de jogo única, como a habilidade de trocar armas jogáveis, ou até mesmo um “modo de foco” que pode destacar os inimigos através das paredes, e folhagens profundas. Felizmente, esses mecanismos não são usados em demasia e a natureza não linear das missões faz com que nunca os use tanto a ponto de se sentirem dominados. A missão final vê o jogador assumir o controlo de cada personagem em sucessão, o que torna o final de jogo extremamente divertido.
A campanha também é bem polida, já que nunca encontrei falhas ou bugs, ou qualquer queda acentuada na taxa de frames. No final da campanha, o final um tanto abrupto deixou-e ligeiramente desapontado, deixando claro que os escritores de Vanguard realmente querem explorar sequências / spinoffs. O Call of Duty teve várias sub-franquias com as suas próprias continuidades dentro delas durante muito, mas honestamente acho que é hora de deixarmos a era da 2ª Guerra Mundial de lado, durante os próximos anos.
A meu ver, o cenário da 2ª Guerra Mundial está a ficar muito cansativo, mas a Sledgehammer, o estúdio por trás do Vanguard, conseguiu criar uma campanha com momentos “cinematográficos” suficientes para se destacar. Essas sequências cinematográficas vêm na forma de cenas de alta fidelidade, totalmente renderizadas a 24fps com pesados efeitos de pós-processamento que, por mais chocantes que sejam, são extremamente divertidos de assistir. O jogo em si é jogado a 60fps, que são consistentemente suaves, o que se tornou uma tradição de franquia. Outro aspecto altamente polido do jogo é o seu som, que como esperado da franquia, é bastante bem definido devido à natureza linear da sua campanha. Tive algumas ocasiões em que o som falhou em jogos multijogador, mas aqui estamos a falar da campanha, e aí foi 5 estrelas.

Na PlayStation 5, o Vanguard tem como alvo os 60fps numa resolução dinâmica de 4K, juntamente com um modo opcional de 120fps mas de baixa fidelidade, e isso é válido para a campanha como para o multiplayer. O desempenho é sólido como uma rocha, mas uma coisa que não vejo ninguém a falar sobre isso nos jogos CoD, é o uso do HDR. Aqui, o HDR é muito bem usado, assenta que nem uma luva no cenário da 2ª Guerra Mundial, especialmente em missões definidas durante a tarde / noite e a falta do recurso no seu modo de 120fps é o que me manteve colado ao modo de desempenho padrão na maior parte da campanha. Existem alguns outros truques interessantes, com o pós-processamento que fazem a imagem destacar-se um pouco mais, como a profundidade de campo junto com uma série de opções de acessibilidade, incluindo um controlo deslizante FOV.
Veredicto final – Call of Duty: Vanguard na PlayStation 5
O Call of Duty: Vanguard é uma franquia segura, divertida, e num ambiente familiar que deveria ser colocado de lado nos próximos anos. A jogabilidade característica da franquia e a acção exagerada são tão boas como o esperado, mas a falta de inovação está a ficar exaustiva.
O jogo é bom, a PlayStation 5 é perfeita para jogar ao mesmo, mas gostava de ver o jogo sair da sua zona de conforto, para não termos de estar sempre a dizer que é mais do mesmo. Ainda assim, é um jogo muito interessante e que merece a nossa nota 3/5:

Não podíamos terminar, sem deixar o nosso agradecimento à PlayStation Portugal pelo facto de nos ter disponibilizado o jogo, para que a esta análise fosse feita. Se quiserem podem encontrar o Call of Duty Vanguard para a PlayStation 4 e 5 aqui.

Joel Pinto
Fundador do Noticias e Tecnologia, e este foi o seu segundo projeto online, depois de vários anos ligado a um portal voltado para o sistema Android, onde também foi um dos seus fundadores.