
NewsGuard incorporado no seu Browser
6 Novembro, 2019A NewsGuard é uma plataforma que visa “proteger” os utilizadores da Internet de sites conotados de fake news /sátira ou com interesses dúbios. Criada há um ano, Setembro de 2018, a plataforma já tem extensões que podem ser instaladas nos Browsers mais conhecidos: Chrome, Firefox, Edge e Safari.
NewsGuard incorporado no Browser é uma boa solução?
Basicamente, o que faz, é alertar com um símbolo colorido e um relatório sobre a credibilidade do site por onde estamos a navegar. Os níveis de alerta são os seguintes:
- Verde – Website que cumpre os critérios de credibilidade e transparência
- Vermelho – Website que falha no cumprimento dos critérios de credibilidade e transparência
- Amarelo – Website com conteúdo satírico onde não são avaliados os mesmos critérios e onde tentam descrever o conteúdo do mesmo e, se possível, quem está por trás do mesmo.
- Cinzento – Website com conteúdo gerado por pessoas independentes com informação que pode ser, ou não, de fiar. Tentam descrever o conteúdo do mesmo e o tipo de interesses. Não são também avaliados com os critérios jornalísticos, nove ao todo, que são utilizados no verde e vermelho.
Até aqui tudo bem, é um serviço que prestam ao utilizador, quer seja meramente informativo ou mesmo um serviço de censura. Temos possibilidade de utilizar ou não.
A questão é que a Microsoft optou por incluir este serviço no seu Browser móvel, o Edge. Já não temos escolha de decidir, se utilizarmos este browser no telemóvel, se queremos que a informação nos seja apresentada ou não. Sendo para já uma experiência, nada nos garante que o futuro não traga este serviço incluído em todos os browsers que utilizamos. E podem pensar vocês: “isto assim é bom, estamos seguros!” Será? Uma coisa é uma firewall, um antivírus para proteger o nosso equipamento, outra coisa é um antivírus para o nosso cérebro, dizendo aquilo em que devemos acreditar e descartar o que teoricamente não é verdade. Teoricamente porque a História já nos provou que muito daquilo que nos mostram nos Mainstream Media provou ser falso e com interesses pessoais/partidários/nacionais por trás. Não esquecer que, sendo uma empresa privada, tem os seus investidores e que basicamente é um negócio.
Nesta quase época Orwelliana, aquela para a qual nos estamos a virar, penso que o ideal é continuarmos com uma internet livre de censura e com a possibilidade de, por nós próprios, investigarmos e tomarmos as nossas próprias decisões não deixando que o façam por nós.
Luis Branco
O Luís um profissional de TI há mais de 20 anos. Apaixonado por tecnologia e fotografia.
Um artigo esclarecedor e que a ajuda a ter cuidado nas opções. E concordo contigo: o “ideal é continuarmos com uma internet livre de censura e com a possibilidade de, por nós próprios, investigarmos e tomarmos as nossas próprias decisões não deixando que o façam por nós”. Creio que é a opção mais correta.
Carlos Varela