Portugueses entre os que menos acedem a sites de pirataria de filmes

Pirataria continua a ser algo verdadeiramente preocupante para os detentores de direitos de autor

O ano de 2023 registou um número recorde de visitas a sites de pirataria de filmes. Este aumento indica uma procura cada vez maior de conteúdos piratas, apesar das inúmeras tentativas das autoridades para combater este fenómeno.

O aumento destas atividades evidencia também a dificuldade crescente de combater eficazmente esta prática e a necessidade de adotar estratégias mais sofisticadas e eficazes.

Em resposta à intensificação das sanções contra a pirataria, os sites piratas estão a desenvolver estratégias de contorno. Essas táticas incluem alterar frequentemente os nomes de domínio para evitar bloqueios. Esta capacidade de adaptação destaca a determinação das plataformas de pirataria em manter as suas atividades, apesar da intensificação das medidas legais e regulatórias.

Um estudo, baseado em dados da MUSO e Kearney, revelam mudanças significativas no comportamento de hackers internacionalmente. Classificando os países segundo o volume de acesso e à sua evolução, o estudo identifica quatro categorias distintas: “pontos críticos” onde esse fenómeno é elevado e crescente, “regiões em remissão” com pirataria elevada mas em declínio, “riscos de crescimento” onde é baixa mas crescente e, finalmente, “sinais positivos” onde é baixa e decrescente. Entre os países que estão no topo do ranking, o Canadá destaca-se particularmente com um aumento de quase 50% nas visitas a esse tipo de sites, entre 2018 e 2023, ultrapassando as 90 visitas por cidadão.

Em contrapartida, países como o Brasil apresentam tendência de queda, provavelmente devido às frequentes ações repressivas contra a pirataria. Ao mesmo tempo, países como a Índia, a Nigéria e o Gana registam um rápido aumento, atribuído ao aumento do acesso à Internet de alta velocidade.

O caso dos Estados Unidos é intrigante, é classificado como um “risco de crescimento” devido à sua crescente taxa de pirataria, apesar do elevado volume absoluto, mas de visitas per capita relativamente baixas.

Já Portugal encontra-se abaixo da média do resto do mundo, e com um ligeiro decréscimo, pelo que é considerado com “sinais positivos”. Esta visão global fornece uma visão clara do desenvolvimento da pirataria de vídeo em vários países.

FONTE: Muso