
Europa aprova regras para proteger objetos conectados
5 Dezembro, 2023O Parlamento Europeu e os Estados-Membros da União Europeia aprovaram novas regras que vão obrigar as fabricantes de objetos conectados a protegê-los melhor contra os riscos de pirataria.
Novas restrições para os objetos conectados
Computadores, telefones, eletrodomésticos, carros, brinquedos… Centenas de milhões de objetos conectados na vida quotidiana representam potenciais pontos de entrada para um ataque informático, mas a maioria deles não foi até agora sujeita a qualquer obrigação de segurança cibernética.
Atualmente, esses produtos e software só podem ser comercializados se atenderem a determinados padrões de segurança de projeto e fabrico. Estão em causa todos os produtos ligados direta ou indiretamente a outro objeto ou rede. A legislação europeia também introduz uma obrigação de transparência sobre possíveis falhas detetadas. As empresas vão precisar de os documentar e relatar como são tratados.
“Os dispositivos conectados devem beneficiar de um nível mínimo de cibersegurança quando vendidos na UE, para que as empresas e os consumidores estejam devidamente protegidos”, afirmou José Luis Escriva, Ministro espanhol da Transformação Digital, cujo país detém a presidência rotativa do Conselho da União Europeia até ao final de Dezembro.
A Organização Europeia dos Consumidores (BEUC) congratulou-se com o acordo alcançado pelos colegisladores sobre este texto na sexta-feira.
“A maioria de nós utiliza objetos conectados todos os dias, em casa e no trabalho. No entanto, o mercado não conseguiu proteger adequadamente os consumidores dos riscos de segurança cibernética. Esta legislação irá melhorar consideravelmente uma situação que até agora era muito preocupante e que nos tornava demasiado vulneráveis”, comentou Ursula Pachl, vice-diretora-geral desta organização.
O custo anual do cibercrime foi estimado em 5,5 biliões de euros em todo o mundo em 2021, segundo o executivo europeu.

Joel Pinto
Fundador do Noticias e Tecnologia, e este foi o seu segundo projeto online, depois de vários anos ligado a um portal voltado para o sistema Android, onde também foi um dos seus fundadores.