Estados Unidos afirmam que Huawei não pode produzir grandes quantidades de chips de última geração
21 Setembro, 2023A capacidade da Huawei – e da indústria de semicondutores da China como um todo – de fabricar chips avançados face às sanções dos EUA continua a suscitar debate nos Estados Unidos. A secretária de Comércio dos EUA, Gina Raimondo, tentou resolver a questão afirmando que não havia evidências que sugerissem que a Huawei pudesse produzir smartphones com semicondutores avançados em grande escala.
Esta declaração, no entanto, contrasta com informações publicadas há apenas dois meses por empresas de investigação tecnológica, que sugeriam que a Huawei estava a preparar-se para um regresso ao mercado de smartphones 5G, até ao final do ano.
Desde então, a Huawei lançou o Mate 60 Pro (no final de agosto), um topo de gama equipado com um SoC gravado no processo de 7 nm e projetado pela divisão de chips da Huawei, a HiSilicon, e produzido pela SMIC da China. Esse anúncio foi visto como o sinal mais claro da nova independência chinesa na indústria de semicondutores.
Huawei está num bom caminho mas ainda não consegue competir
Durante uma audição na Câmara dos Deputados, Gina Raimondo sustentou, no entanto, que esta independência ainda permanece limitada “não temos provas de que possam fazer nanómetros numa escala de sete nanómetros”.. Na verdade, o chip 5G do Mate 60 Pro foi mesmo gravado em 7nm, mas é importante destacar que esta subtileza de gravação está longe de poder competir com os resultados obtidos pela Qualcomm, Samsung e TSMC, que já conseguem produzir dispositivos móveis chips em 3nm.
Joel Pinto
Fundador do Noticias e Tecnologia, e este foi o seu segundo projeto online, depois de vários anos ligado a um portal voltado para o sistema Android, onde também foi um dos seus fundadores.
