Apple não teme a UE e não vai facilitar a substituição de bateria do iPhone

Uma nova disposição regulatória da União Europeia vai obrigar as fabricantes a modificar o atual sistema de reparação e substituição de baterias dos seus smartphones, permitindo que as mesmas sejam facilmente substituídas pelos utilizadores. E isso obviamente afeta a Apple, que terá de as aplicar no seu iPhone.

No entanto, pelo menos no curto prazo, aqueles que esperam que a gigante de Cupertino possa convencer-se a introduzir um sistema fácil de substituição de bateria do iPhone, certamente ficarão desapontados.

Data do final do ano passado no seio da União Europeia uma proposta legislativa que teria como objetivo obrigar os diversos fabricantes de aparelhos eletrónicos a simplificar o procedimento de substituição de baterias, atividade que neste momento na maioria dos casos requer a intervenção de um centro de assistência ou, em qualquer caso, de pessoal especializado.

Com o passar dos meses, o que era uma proposta virou lei e aumentaram os rumores de que a Apple (e as demais fabricantes de smartphones) vão ver-se quase “entre a espada e a parede”: alguém insiste em sustentar, de fato, que para continuar a vender telefones no Velho Continente terá que, em breve, voltar ao velho sistema de baterias substituíveis.

Bem, porém, há alguns aspetos a considerar, antes de mais o relativo ao timing: os primeiros efeitos da nova legislação comunitária só se farão sentir em 2027 e, portanto, durante pelo menos três ou quatro futuras gerações do iPhone, a Apple poderá continuar a dormir um sono tranquilo. De resto, é quase certo que a Apple vai tentar argumentar que está a cumprir as novas regras e, caso a União Europeia não concorde, a questão pode ir parar aos tribunais e isso significaria ainda alguns anos antes de uma eventual “revolução”.

Apple não quer facilitar a substituição de bateria do iPhone

E mesmo que a Apple perdesse essa batalha legal, provavelmente faria apenas pequenas alterações de design para reduzir as etapas envolvidas na substituição da bateria do iPhone (atualmente são necessárias 37 etapas), com possíveis novas disputas legais com a União Europeia.

No fundo, antes de 2030 quase de certeza que nada mudará, obviamente sujeita à hipótese de que não é a própria Apple (o que neste momento é impensável) que quer facilitar a substituição da bateria do iPhone.

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